sábado, 13 de novembro de 2010

Constataçôes de um sexta-feira tedisosa

Prostituição rende boas histórias. Horóscopos nem sempre acertam. Gosto de fotografias com sangue e tenho preferência por joelhos. Não se deve confiar em todas as coisas que os teus professores dizem, principalmente se eles estiverem falando sobre lhamas. Aulas de Educação Física não são tão ruins quanto se imagina. Algumas vezes stalkear pode ser útil. Meias são bonitas. Polaroids são bonitas. Mulheres pin-up são bonitas. Progressão aritmética é bonita. Aulas de química são bonitas. Falar sobre tudo isso não é bonito. Muita cafeína na sua corrente sangüínea pode ser prejudicial à sua sanidade mental. Falta de coragem para postar textos arquivados não é algo do qual as pessoas devem se orgulhar. O episódio final de Claymore ainda me deixa broxada, mas não tanto quanto descobrir que em uma mídia de DVD só cabem cinco episódios do mesmo. Existem livros que devem ser lido aos poucos... Outros não. A partir de amanhã tenho quatro dias para procrastinar a vida sozinha dentro de casa.

Gosto de dias frios, não gosto de estar feliz.

Por favor , morra

Eu quero escrever sobre ti. Escrever sobre as coisas que eu lhe disse e as coisas que tu disseste a si mesmo enquanto eu apenas observava. Ainda dói um pouco. E eu quero escrever, e escrever apenas. Mas de um “eu te amo” corta-se o te. E corta-se o amo. E corta-se ti e toda a sua presença. Agora só resto eu, por que tu estás longe ou por que tu não podes estar perto por apenas alguns segundos. Nem mesmo em espírito. Nem mesmo em presença. Nem mesmo na fria realidade que sucumbi-nos e que nos separa contra a vontade que piamente reina em meu peito. Contra nós. E nos conta... Não quero que esteja aqui e tu não queres mais fazer-te presente.

Eu quero escrever... E escrever apenas.

Encare o outono

Não fazia muito sentido – nada daquilo. Um pouco de chá borbulhante talvez trouxesse à situação um pouco de comodidade, enquanto deleitavam-se diante a um jardim de outono bem preservado. Não era dos mais ricos, apenas era. E estava ali, lhos dando a oportunidade de por ali remanescerem, tão logo respirassem. Não fazer sentido não deveria obrigatoriamente significar que não existia. Em fato, meio que não significava nada, e ainda assim transbordava significados. Ninguém entendia muito bem, apenas mantinham-se ali. Mantinham-se ali por que era belo. E por que belo era o suficiente a se ser naquele estado de extrema decepção.
Estava vazio ali dentro. E, por um momento, era bom sentir-se nulo. Um pouco mais doce, aquela sensação que então lhe abordara, que a amargura mascarada que deploravelmente lho estivera possuindo nas semanas que se passaram. Aquelas em que só desejava fazer dormir.

Sobre abandono

É como se depois de ter tido um pedaço do meu coração arrancado, ele tivesse sido reposto, mas na posição errada. Não encaixa. Eu estou quebrada, mas o que mais me assusta é como diabos, por deus, eu pude me permitir chegar a este ponto.

Mas vejam bem, depois de mais de dezesseis anos, estar sozinha não me machuca mais.